A taxa de esforço é uma medida de avaliação do nível de endividamento. Com
este indicador conseguimos saber qual o nível de esforço que temos em pagar os
créditos relativamente ao rendimento disponível, ou seja, liquido de descontos
e de impostos. Resumidamente, a taxa de esforço calcula o peso dos créditos no
rendimento disponível. Esta taxa no nosso entender não deve ultrapassar os 40%,
podendo ser ajustada mediante o nível de rendimentos do agregado familiar.
Quanto mais baixo o rendimento, menor deverá ser a taxa de esforço, isto, porque
o esforço em pagar um crédito quando se tem um rendimento mais baixo é maior do
que num agregado familiar que tem um rendimento maior.
Tomaremos uns exemplos para melhor compreender este conceito:
Nestes dois exemplos em que temos uma taxa de esforço igual, no exemplo 2 o
agregado familiar tem um esforço maior uma vez que, após os gastos com as
prestações, sobra apenas 420€, valor que será utilizado para pagar outras
despesas que não sejam créditos. Já no exemplo 1 irá sobrar 875€, um valor
substancialmente maior, que poderá ser utilizado para pagar outras despesas e
ainda permitir fazer uma pequena poupança.
Por isso, no nosso entender, a família do exemplo 2 deveria reduzir esta
taxa porque reduziria o esforço mensal e poderia começar a realizar uma
poupança para evitar problemas de endividamento futuro.