domingo, 24 de maio de 2009

As vantagens e desvantagens do recurso ao crédito - 1ª parte (as vantagens)

O recurso ao crédito é central para muitas economias e é-o igualmente para a economia portuguesa. A estabilidade económica traz uma prosperidade crescente, emprego e baixas taxas de juro, todas tendo subjacente uma crescente procura do crédito. O crédito permite às pessoas ter um maior controlo e flexibilidade quando gerem as suas finanças, colectivamente beneficiando a economia.

Um sector financeiro competitivo e eficiente, do qual o mercado de crédito é uma parte importante, é essencial para elevar o nível de crescimento económico de uma economia.

Mas é fundamental que exista um bom funcionamento deste mercado de crédito. Quando o mercado funciona bem, os fornecedores de crédito competem entre si para fornecer produtos de crédito apropriados ao preço mais baixo possível e os consumidores são capazes de fazer escolhas informadas e tomar as melhores decisões sobre o que devem adquirir. Num mercado ineficiente há custos para os indivíduos e para a economia. Os indivíduos podem ser confrontados com o fardo financeiro, os produtos disponíveis podem não ir ao encontro das necessidades dos consumidores, os preços podem ser demasiado elevados e, quer os consumidores quer os fornecedores de crédito, podem perder a confiança em partes do mercado de crédito, o que constrange outros mercados nos quais os consumidores geralmente adquirem bens ou serviços usando formas de crédito.
O recurso ao crédito traz igualmente vantagens para as famílias. Com efeito, o recurso ao crédito pode revelar-se um importante instrumento para gerir com maior eficácia as finanças das famílias. Os agregados podem ver satisfeitas as suas necessidades e desejos relativamente aos mais variados produtos e serviços através das várias formas de crédito disponíveis no mercado e que pode ajudar a lidar com situações críticas. O crédito pode ainda constituir um processo de antecipação de rendimentos e melhorar a acessibilidade temporal a determinados bens e serviços. O crédito implica assim ganhos substanciais em termos de bem-estar das famílias, ao garantir a manutenção de determinados padrões de consumo que de outro modo teriam de ser diferidos no tempo, além de permitir gerir quebras temporárias de rendimento.

Quando é favorecido um melhor acesso ao crédito (sobretudo quando se trata de cartões de crédito) pode aumentar a capacidade de flexibilidade financeira do agregado (Isto só não é possível quando ocorrem situações extremas de uso de crédito), permitindo e simultâneo que diminua o stress financeiro para a família.

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