quinta-feira, 30 de abril de 2009

Conselhos para evitar e sair do sobreendividamento

O Gabinete de Orientação ao Endividamento dos Consumidores (GOEC) tem como principais objectivos: Assessorar e aconselhar as famílias no recurso ao crédito, enquanto instrumento de gestão do orçamento familiar e Assegurar às famílias que recorram ao Gabinete um apoio técnico, profissional e documentado na gestão do orçamento familiar. Como tal deixa, para os interessados, cinco conselhos para evitar o sobreendividamento e cinco conselhos para sair do sobreendividamento.
Cinco conselhos para evitar o sobreendividamento
1. Elaborar um orçamento onde fique claro a capacidade financeira do agregado no presente e a médio prazo;
2. Estipular uma lista de prioridades de consumo identificando as compras que podem e devem ser adiadas;
3. Moderar ou restringir o recurso ao crédito: apenas se deve recorrer ao crédito para antecipar um consumo se isso for considerado indispensável. O consumo que se antecipa deve ser compatível com a capacidade financeira do agregado, isto é, o crédito não nos permite viver acima das nossas possibilidades mas e apenas antecipar consumos que iremos ter que pagar ao longo da nossa vida;
4. Poupar: há que estipular sempre uma poupança, independentemente do valor, no limite o objectivo pode ser o de apenas poupar 1€ por semana. O importante no início é estabelecer o hábito de poupar, até porque se se poupou 1€ isso quer dizer que não se gastou mais do que aquilo que se ganhou. Este objectivo de poupança deve-se aos poucos tornar mais ambicioso e o valor a poupar deve aumentar por forma a representar uma proporção dos rendimentos totais, idealmente não inferior a 10% dos rendimentos totais do agregado;
5. No que conta às decisões financeiras, pense muito bem antes de agir e se tiver dúvidas aconselhe-se com entidades independentes como o GOEC antes de decidir.
Cinco conselhos para sair do sobreenvidamento (para quem já está bastante endividado)
1. Solicitar apoio independente;
2. Suspender totalmente o recurso ao crédito;
3. Reduzir substancialmente os gastos: elaborar uma lista com a totalidade das despesas e definir aquelas que se podem anular ou reduzir. Este exercício de racionalização dos gastos deve ter uma aplicação imediata, por exemplo, anular de imediato a subscrição de um serviço de internet que mal se usa, ou parar de tomar o pequeno-almoço fora de casa, etc.
4. Elaborar um orçamento rigoroso sustentável e que deve ser aplicado rigorosamente;
5. Manter um contacto apoiado/mediado com os credores por forma a negociar planos financeiros adequados e sustentáveis: nunca aceitar um plano que não se pensa vir a cumprir.

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